O professor Jorge Augusto, docente da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), foi o vencedor do Prêmio Jabuti Acadêmico com o livro Modernismo Negro, lançado pela Editora Segundo Selo. A obra propõe uma releitura crítica do modernismo brasileiro, centrando-se nas tensões raciais e sociais presentes na obra do escritor Lima Barreto (1881–1922), e articula três eixos principais: o movimento modernista de 1922, a literatura negra e a produção barretiana.

Poeta e intelectual soteropolitano, Jorge Augusto é oriundo do bairro da Liberdade, em Salvador, e destacou, em entrevista ao jornal Correio, a importância simbólica da premiação: “Dentre os muitos motivos dessa alegria está ganhar o prêmio tendo sido publicado por uma editora da periferia de Salvador, do bairro da Liberdade, a Editora Segundo Selo, e de ser um livro construído em intensivo diálogo com a cena cultural e intelectual, negra, da Bahia e do Brasil”. Doutor em Literatura e Cultura pela Ufba, o autor integra a direção do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (Neabi/IF Baiano), coordena os grupos de pesquisa Perifa (IF Baiano) e Rasuras (Ufba), além de editar a revista Organismo, dedicada à literatura brasileira contemporânea.

Para os interessados, Modernismo Negro está disponível no site da editora.